No banheiro da minha mãe, onde o azulejo guarda histórias, entrei nua, inteira, cansada. A cortina do box entreaberta deixava passar a...

Algumas casas vivem dentro de nós, mesmo quando não moramos mais nelas. Este conto é inspirado em um sonho que me levou de volta à casa...

Chove dentro e fora da janela. “Delírios da Chuva” é uma antologia literária que mistura as águas da imaginação com a realidade úmida...

Vivemos numa era em que a física já não se contenta com o concreto. Onde a ciência, cada vez mais, se curva diante do mistério. E onde a...

“Quem é você?”— pergunta a primeira carta deixada na caixa de correio de Sofia. E essa pergunta ressoou em mim como o primeiro som do...

Há quem diga que criar é inventar algo novo. Mas e se não for? E se criar for, na verdade, um ato de revelar ? E se tudo o que imaginamos...

Há muito tempo, contaram-nos que Narciso morreu por amar demais a si mesmo. Que foi vítima da vaidade, do orgulho, da ilusão. Mas talvez...

Ela veio devagar. Como sempre vinha. Com aquele olhar de quem conhece o tempo e seus atalhos. Era minha tia, mas também era meu reflexo...

Era manhã clara quando ela acordou com o coração pulsando em silêncio. Não era medo, tampouco alegria: era um chamado. Ainda deitada,...

Era fim de tarde no quintal da mãe. O céu exalava a memória dos dias. Ali, entre folhas secas e o chão úmido, algo pulsava sob a terra....

Era um mar imenso, um oceano em fúria e beleza. As ondas, colossais e profundas, vinham como presságios — cada uma maior que a outra, cada uma contribuição de um mistério que não se podia conter. Eu as observava da areia com uma mistura de fascínio e terror. As mulheres ao meu redor gritavam, corriam, fugiam. Mas eu não. Eu senti que havia algo ali para mim. Algo que não queria destruir, mas revelar. Quando veio a maior onda, altíssima, translúcida, azul escuro como o céu da

Era uma manhã dourada quando ela chegou à velha rodoviária com suas companheiras de viagem. Tinham percorrido longos caminhos em busca de...

Havia uma mulher de cabelos prateados pelo sol e pés que conheciam os contornos da terra. Seu nome era Amora, e ela caminhava sozinha por...

Na terra onde os véus do sonho se confundem com o real, havia um círculo de jovens mulheres que dançavam sob a luz dourada de um...

Na floresta antiga, onde o tempo parecia dormir entre as folhas, vivia uma menina miúda como a Polegarzinha. Ela corria entre as raízes...